terça-feira, 20 de março de 2012

Saúde de Jequié pede Socorro, diz Celso Argolo - presidente do CMS





Celso Argolo, no centro, entre o Sec. M. de Saúde Belmiro e Rita Rodrigues, do CMS. Foto: Gicult
Celso Argolo, no centro, entre o Sec. M. de Saúde Belmiro e Rita Rodrigues, do CMS. Foto: Gicult
A população jequieense está desassistida quando o assunto é saúde, embora todos saibam que em outras áreas a situação não é diferente.
Exames restritos

Os pobres mortais de Jequié que dependem de uma consulta médica tem que fazer uma verdadeira peregrinação para conseguir um exame e quando consegue, a consulta é relâmpago. Os médicos não fazem um atendimento digno para diagnosticar o problema, procuram facilidades e, sem ao menos ouvir o paciente solicita um exame de alta complexidade, ultrassom, tomografia, ressonância, exames estes restritos, devido a cota reduzida e assim as pessoas ficam na espera e quando é marcado o exame, às vezes o paciente já foi a óbito. Esta é uma forma de colocar o paciente mais distante possível.

Atraso no pagamento dos profissionais médicos tem sido uma rotina no município, e só depois das ameaças de paralisações é que a secretaria, por ordem do setor de pagamento da prefeitura, faz os pagamentos.

Falta de medicamentos

A falta de medicamentos tem sido uma constante, a prefeitura alega atraso dos fornecedores na entrega e estes não o fazem por falta do contrato que a prefeitura retarda em fazer. Com isto piora o sofrimento da população, que, já estando com a saúde debilitada, tende a piorar por falta dos medicamentos e material.

As unidades de saúde estão abandonadas, falta medicamentos, materiais, as instalações deterioradas, os ambientes impróprios para o desenvolvimento das atividades profissionais e atendimento à população. É um desrespeito aos trabalhadores, que na maioria das vezes tem que comprar material e até água para beber porque na unidade não tem, até na Secretaria de Saúde falta água para beber, é um desrespeito e demonstração de incompetência generalizada. Pelo menos para administrar o município.

Aqui em Jequié nenhum princípio do SUS está sendo respeitado. A universalidade, integralidade a equidade, nenhum.

CAPS Guito Guigó

A unidade do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS Guito Guigó está abandonada pela administração, paredes e taques com infiltrações, telhados quebrados com ninhos de pássaros, os espaços para atendimento e convivência não são climatizados, a alimentação é precária, os armários para armazenamento dos medicamentos não dispõe fechaduras ou trancas, o banheiro completamente fora do padrão, com vazamentos, o espaço onde funciona a oficina e a sala de TV não dispõem de cadeiras, enfim, nem animal devem ser tratados naquelas condições. Será que é por ser um centro que trata pacientes com problemas mentais, que eles deixam daquele jeito? Isto é desumano! os pacientes que vão buscar tratamento ali são pessoas, são seres humanos! Será que esses homens e mulheres que fazem parte da administração não têm coração? Não tem sentimento? Esta situação não pode continuar, as pessoas não são bichos, precisam ser respeitadas, ter seus direitos garantidos. Alguém precisa fazer alguma coisa. Jequié não merece continuar deste jeito.

- Por Celso Argolo, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Jequié

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