Um grande problema está se avolumando cada vez mais em pleno coração de Ipiaú. Dia após dia o acúmulo de veículos, a falta de locais para estacionamento, a poluição sonora e a falta de espaço nas calçadas tem tornado o centro da cidade um confuso emaranhado de gente, carros e motos que nos dias úteis, com o forte calor de verão, torna a experiência de passear pelo comércio local uma caminhada pouco confortável.
O comerciante ipiauense, como em todo o mundo, tem por principal objetivo conquistar a clientela. Mas quem vem de fora comprar aqui pode escolher também comprar em Jequié, Itabuna ou pela internet. É preciso atrativos para fazer a diferença.
O problema é que Ipiaú, devido à falta de planejamento de base, cresceu estreitada por dois rios e por projetos de ruas que datam do início do século passado.  Em meio a essas ruas estreitas ainda pesa o hábito do ipiauense de estacionar carros dos dois lados da via, provocando constantes engarrafamentos.
Existem propostas e idéias que deveriam começar a ser levadas em conta num momento em que a cidade ensaia um salto rumo a se tornar pólo regional.  O empresário Cezário Costa lidera uma corrente de pensamento que defende com firmeza  o intresse da região do Vale do Rio de Contas em vir a se tornar uma região administrativa tendo como cidade central Ipiaú.
Se um dia esse projeto se tornar realidade ( o que não deve demorar muito, visto o crescimento recente e a perspectiva para mais em breve ), a tendência é a aglomeração no centro da cidade dobrar ou triplicar em um período de 10 a 20 anos. Neste caso, o que fazer antes que o caos se instale?

Concluir o lendário prédio Santa Paula é parte do enorme desafio de reestruturar o centro comercial da cidade
Há quem sugira transformar a rua Dois de Julho num calçadão com quiosques e jardins, humanizando o acesso de pedestres às casas comerciais e embelezando mais o centro. Neste caso ficariam como mão e contra mão as ruas Castro Alves e Mira Rio.
Quanto à Mira Rio, a cogitação de um calçadão arbrorizado nas margens do rio das Contas, com pistas para cooper e ciclismo seria uma alternativa de baixo custo para valorizar o local, onde também poderia acontecer uma ampliação do centro comercial no futuro.
Outra cogitação seria o de se aproveitar a subutilizada rua Mariquinha Borges, às margens do rio Água Branca, como área de estacionamento ou também uma alternativa para nova rota de expansão do comércio.
Na esteira de uma reestruturação do centro, não pode faltar a requalificação da praça Rui Barbosa, coisa que não ocorre práticamente desde que ela foi construída, nos tempos da fundação de Ipiaú.
Trocando em miúdos : Numa Ipiaú que tem faturado alto em impostos, um projeto de reestruturação do centro é a resposta lógica  e justa do serviço público para motoristas, pedestres, comerciantes e clientes de Ipiaú e região. Antes que o tráfego no centro se transforme em um nó cego, devemos começar a pensar nisso com mais seriedade.