CONSELHO DE ÉTICA APROVA POR UNANIMIDADE CASSAÇÃO DO MANDATO DE DEMÓSTENES
Por 15 votos a zero, o Conselho de Ética
do Senado aprovou na noite desta segunda-feira, 25, o relatório do senador
Humberto Costa (PT-PE) que pedia a cassação do senador Demóstenes Torres (sem
partido-GO) por quebra de decoro parlamentar. A sessão teve duração de cinco
horas. Em seu relatório, Costa citou diversas vantagens recebidas pelo senador,
como o uso de um aparelho Nextel cujas contas eram pagas por Cachoeira.
Agora,
o processo de cassação do senador segue para a Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) do Senado para exame dos aspectos constitucional, legal e
jurídico, o que deverá ser feito no prazo de cinco sessões ordinárias. A partir
daí, o documento precisa ser votado pelo plenário, em processo secreto de votação.
Costa
demonstrou em seu relatório que os depoimentos de Demóstenes eram
contraditórios. Ele dizia não ter conhecimento das atividades ilegais de
Cachoeira, e em outros momentos tentava verificar se o contraventor ainda
mantinha tais atividades. “Está mais que provado que o senador Demóstenes
Torres tinha toda a ciência de que Cachoeira era um contraventor”, disse no
documento.
Segundo
o relator da Comissão de Ética, o senador atuava como um “despachante de luxo”
do contraventor, e que atuou em favor de Cachoeira não só em sua atividade no
Senado, mas também na Anvisa, Ibama, DNPM, Ibram-DF, DNIT, Infraero, Receita
Federal, MEC, Governo de Goiás e Prefeituras em Goiás.
O
parlamentar foi acusado com base em denúncia do PSOL, que diz que ele teria
trabalhado com a organização criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira, preso
no presídio da Papuda, em Brasília. Com informações da Agência Senado.
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