Publicada: 29/07/2011 00:42| Atualizada: 28/07/2011 23:27
Membro da Academia de Letras da Bahia, o escritor Joaci Góes lembra do discurso de boas-vindas de João Falcão ao time dos imortais baianos.
“Eminente confrade João da Costa Falcão, Chegais a esta casa no momento mais alto da existência, quando nos inclinamos a dedicar parcela ponderável do tempo, a repassar, vezes sem conta, o filme de nossa vida, com todo o seu cortejo de ocorrências que costumamos catalogar no escrínio de nossa alma como boas e ruins, alegres e tristes, aquelas de que nos orgulhamos e outras tantas que, se pudéssemos, gostaríamos de eliminar do nosso script existencial, tentativa vã, tarefa impossível, porque, como já ensinava Agathon, no Século V A. C., na Grécia de Péricles, “Nem Deus pode mudar o passado”.
Quem conhece, porém vossa poliédrica biografia, há de concluir que de tão variada e rica, nela pouco ou quase nada de elevante poder-vos-ia conduzir ao desejo de alterar algum ponto do itinerário percorrido”, disse na abertura do extenso discurso.
O acadêmico Joaci Góes ressaltou a atitude que despertou surpresa no seio familiar, quando, aos 18 anos de vida, João Falcão escolheu trilhar um longo caminho de verdadeiras batalhas por um Brasil e por um mundo mais igual, completamente distante da ditadura imposta à época de sua também brilhante juventude.
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