quarta-feira, 27 de julho de 2011

Planalto quer destravar obras do PAC

A presidente Dilma Rousseff passou os últimos dias discutindo formas de tornar mais ágeis as principais obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento no Nordeste, que estão com canteiros paralisados.


O Planalto teme que os projetos de transposição do Rio São Francisco e das ferrovias Transnordestina e Leste-Oeste, promessas de campanha, não sejam concluídos no atual governo. Uma série de pedidos de aditivos contratuais por parte das construtoras, dificuldades de licenciamento ambiental e falta de empenho de parceiros estratégicos, como governadores e prefeitos, estão sendo analisados pelo governo.

Os prejuízos podem ser percebidos bem antes de 2014, avaliam auxiliares da presidente. Até agora, em quase sete meses no poder, ela não conseguiu aproveitar a máquina de viagens para o sertão que o ex-presidente Lula deixou azeitada.

Como presidente, Dilma não fez visitas às cidades nordestinas que recebem as grandes obras. Ela esteve na região cinco vezes, para festas e solenidades fechadas. A única visita a uma cidade sertaneja ocorreu em fevereiro. A presidente esteve em Irecê, no semiárido baiano, para visitar uma feira de produtores rurais e participar de um evento em homenagem às mulheres. Os marqueteiros do Planalto estão assustados.

Observam que, até agora, a presidente se sustentou com a versão de que não vai para os grotões porque não gosta de palanque. Os resultados das obras, neste caso, são negativos. Na sexta-feira, Dilma teve longa conversa com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para discutir as pressões dos empreiteiros que tocam as obras no São Francisco.

O jornal Valor Econômico divulgou que a “enxurrada” de pedidos de aditivos dos empresários, apenas nesta obra, chega a R$ 700 milhões. Os atrasos nos canteiros da Transnordestina já ocorriam no governo Lula.

A ferrovia de 1.728 quilômetros de extensão, que ligará Eliseu Martins, no Piauí, ao porto de Pecém, no Ceará, deveria começar em 2007, mas só começou a sair do papel dois anos depois.

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA

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