sexta-feira, 11 de maio de 2012

Porto Alegre e critica governo por 'judicializar' greve dos professores



por Rodrigo Aguiar





Foto: Carolina Barreto / Tudo FM

A deputada Alice Portugal (PCdoB) disse desconhecer qualquer negociação em nível nacional entre PCdoB e PT que envolva as eleições municipais em Salvador e Porto Alegre. Em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102.5, a pré-candidata à prefeitura de Salvador estranhou a informação que circula pelos bastidores de que o PCdoB abriria mão de lançar a sua candidatura e caminharia com o deputado federal Nelson Pelegrino (PT) em troca de um apoio do PT do Rio Grande do Sul, nos mesmos termos, à deputada federal Manuela D´Ávila, pré-candidata do PCdoB à prefeitura de Porto Alegre. Para isso, o PT gaúcho desistiria de lançar o nome do deputado estadual Adão Villaverde. “A direção nacional do partido trabalha no tabuleiro do xadrez, mas isso seria natural se a minha candidatura tivesse pequena expressão, o que não parece ser o caso, pelo semblante de alguns dirigentes do PT local”, afirmou. No entanto, a possibilidade não foi descartada pela comunista. “Política não é matemática. Ainda não sei; vamos ter que decidir isso. Se houver algum tipo de ponderação nesse sentido, traremos isso de maneira aberta”, afirmou. Alice também falou sobre os recentes acontecimentos de divergência entre o PT e o PCdoB, como o fato de o sindicato dos professores estaduais – atualmente em greve – ser comandado pelo PCdoB. Ao ser perguntada se tais ocorrências eram um indicativo da tensão eleitoral entre ela e Pelegrino, a deputada disse que sua relação com o petista é cordial, minimizou o papel desempenhado pela sua legenda na paralisação dos docentes e destacou que militantes de outros partidos, como o PT e PSOL, também fazem parte de grupos do mesmo tipo. “A greve é definida pela categoria. Agora, eu defendo 10% do PIB para a educação de maneira sincera. É o meu DNA; eu venho disso”, declarou. Alice ainda fez críticas ao governador Jaques Wagner pela forma como tem conduzido o processo. “Em primeiro lugar, há um acordo assinado na Bahia. Sabíamos que seria difícil um reajuste de 22%, mas se esperava algo como 16%, 18%. Em segundo lugar, não se pode descredenciar quem senta a uma mesa. Apoio o governador, que é o melhor da Bahia nos últimos anos. No entanto, não posso concordar com judicialização de movimento social e punições. Defendo que a mesa seja reinstalada”, opinou.

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