quinta-feira, 31 de maio de 2012

Programa “Encontro com Gabrielli” esclarece quem perde com o aumento do dólar




            O aumento do dólar, que chegou ao patamar de R$2, traz benefícios para os exportadores baianos e estrangeiros que visitam o país. Em contrapartida, essa alta é prejudicial para aqueles que precisam comprar usando como referência a moeda americana. Uma análise sobre quem é afetado negativamente com a variação do valor do dólar é o tema desta semana do programa de rádio “Encontro com Gabrielli”, que na semana anterior avaliou os setores beneficiados por esta alta.
            Na lista dos prejudicados estão aqueles que vão viajar para fora do Brasil e também quem vai comprar uma máquina para sua fazenda, indústria ou escritório, a qual é produzida no exterior, pois o produto ficará mais caro. “Se você tem que comprar produtos que estão cotados em dólar, o volume de reais que você tem que desembolsar é maior, portanto, eles ficam mais caros em reais, ainda que em dólar eles tenham o mesmo preço”, explica o secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli.
            A Bahia, assim como o Brasil, importa muitos produtos, especialmente os usados na produção de outros produtos, como nafta para a indústria petroquímica, minério de cobre, automóveis, fertilizantes, cacau, trigo, petróleo e derivados. Esses produtos juntos representam cerca de 62% das compras baianas no exterior. “Esses produtos vão ficar mais caros, pois toda cadeia produtiva do produto final que nós consumimos aumenta de valor e, portanto, os custos vão pressionar os preços do produto final na Bahia e no Brasil. O dólar mais alto afeta a cadeia produtiva que usa produtos importados e vai acabar afetando a inflação e o custo de vida no estado”, vaticina o secretário.
De janeiro a abril deste ano, a Bahia importou US$ 2,6 bilhões, o que representou 25% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. No mesmo intervalo, o crescimento das exportações ficou em 17%. Nós vínhamos, antes do dólar superar os R$2, importando crescentemente mais e exportando crescentemente menos. Isto significa, portanto, que o desequilíbrio da balança comercial estava aumentando. E agora espera-se que isso tenda a se reduzir”, esclarece o secretário.

            TURISMO – Se, por um lado, para o turista brasileiro que vai para o exterior a situação não é favorável, por outro, para os estrangeiros, que têm renda em dólar, a elevação do valor da moeda é positivo. Afinal, com a mesma renda, ele pode gastar mais nos hotéis, com alimentação e comprando produtos locais. Em 2011, a Bahia recebeu mais de 500 mil turistas estrangeiros e a expectativa é que este número aumento com o dólar mais caro. “A vinda de turistas aumenta e, provavelmente, isso vai impactar positivamente a economia baiana”, prevê Gabrielli.
            O secretário do Planejamento conclui que “se você é um importador ou potencial turista que vai viajar para o exterior, o dólar acima de R$2 é ruim. Mas se você tem reservas em dólar, quer viabilizar um negocio com um sócio estrangeiro ou está querendo passar suas férias no Brasil, o dólar a R$2 é bom”.
ENCONTRO COM GABRIELLI – O conteúdo do programa de rádio semanal “Encontro com Gabrielli” está disponível para download no site da Secretaria do Planejamento (www.seplan.ba.gov.br), podendo ser veiculado gratuitamente nas rádios ou postado em sites e blogs. Contatos e sugestões para o programa podem ser feitos através do e-mail encontrocomgabrielli@gmail.com

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