O PR pediu ao governo um ministério como condição para voltar oficialmente à base aliada do governo Dilma Rousseff. O pleito foi apresentado na quarta-feira (28) pela bancada do PR no Senado em conversa com as ministras Gleisi Hoffman (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Em agosto, após as denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes e órgãos ligados à pasta, que derrubaram integrantes do PR, a legenda declarou “independência” nas votações do Congresso. Na conversa, o pedido para um novo ministério teria sido explicitado pelo presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), e pelo senador João Ribeiro (TO).
A avaliação da bancada é de que, após quase três meses do auge da crise, nada ficou provado contra integrantes do partido, o que poderia reabilitar o PR para ter um espaço no primeiro escalão de Dilma. As ministras teriam dito que a presidente considera importante a presença do PR na base, mas não teriam dado garantias de que a solicitação seria atendida. Após as denúncias de irregularidades, como superfaturamento de obras, a presidente colocou Paulo Sérgio Passos no Ministério dos Transportes.
Secretário-executivo da pasta, também é filiado ao PR, mas não é considerado da cota da legenda, mas uma escolha pessoal da presidente. Vice-presidente do PR, senador Clésio Andrade (PR-MG), confirmou as negociações. “A bancada chegou ao entendimento de que um partido é situação ou é oposição.
O Alfredo consultou os deputados e achou que o partido deveria apresentar uma proposta para integrar o governo novamente.”
Apesar de dizer que colocaram todos os cargos do partido à disposição do governo, o PR, na prática, mantém todos os postos estaduais aos quais foi indicado.
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