Deputados continuam debruçados em indicações

Lilian Machado

Há cerca de cinco semanas sem votações na Assembleia Legislativa, os deputados ainda não entraram em consenso sobre as indicações para as comissões permanentes, especiais e subcomissões do Parlamento e continuam debruçados em meio a alguns impasses. A expectativa é que até o final da semana todas as dúvidas sejam sanadas.

Ontem, os parlamentares da bancada do governo e da oposição conseguiram avançar em alguns entendimentos, mas os obstáculos ainda estão ligados à tentativa de acomodação de deputados nos dez colegiados.

Apesar das divergências, os governistas já apresentaram sua lista de indicações com o direito de comandar sete.

Os oposicionistas também definiram o comando e os membros, tendo em poder três comissões: Meio Ambiente, que continua com Adolfo Viana (PSDB); Infraestrutura com Tom Araújo (DEM) e Defesa de Consumidor com Pedro Tavares (PMDB). Em função de um pleito do deputado Elmar Nascimento (PR), que também pretende participar da Comissão de Meio Ambiente, não houve tempo para que a bancada protocolasse na Secretaria das Comissões.

“Vamos publicar amanhã porque houve esse questionamento do deputado Elmar Nascimento”, resumiu o líder da oposição, Reinaldo Braga (PR), se referindo ao impasse de ele já ser integrante da Mesa Diretora, o que inviabilizaria a participação no colegiado.

Segundo Reinaldo Braga, o grupo contrário também pretende lutar para ter a Comissão Especial do Porto Sul, antes presidida pela deputada Ivana Bastos, atualmente no PSD.

A bancada obteve conquistas na negociação feita com o governo que anteriormente havia ofertado a Comissão de Direitos da Mulher em troca de Defesa do Consumidor.

“Não queremos a da Mulher pelo fato de haver em nosso grupo apenas uma que é a deputada Graça Pimenta (PR)”, justificou o deputado Carlos Geilson (PTN), agora oficialmente oposicionista, mas cujo discurso há muito se soprepõe entre os colegas da minoria.

Além de Direitos da Mulher, que deve ficar com a deputada Luiza Maia (PT), o governo vai ficar com o comando de Constituição e Justiça com o deputado Paulo Rangel (PT); Direitos Humanos e Segurança Pública; Finanças e Orçamento; Educação e Cultura e Saúde e Saneamento; Agricultura e Política Rural. (LM)