sábado, 29 de outubro de 2011

Projeto alia literatura e gastronomia da obra de Jorge Amado


Juliana Dias

Lúcio Távora / Agência A TARDE
Barraquinhas vendem quitutes e artesanato ao som do chorinho
Barraquinhas vendem quitutes e artesanato ao som do chorinho

Literatura, gastronomia e música são os ingredientes do projeto Merendas de Dona Flor, que tem a segunda edição neste sábado, 29, no Largo do Pelourinho, a partir das 16 horas. O chorinho do Grupo Novato é a atração da feira gastronômica iniciada em 24 de setembro deste ano.

O objetivo é, além de despertar o interesse de turistas e baianos pelas iguarias regionais, estimular a leitura dos livros de Jorge Amado e promover a visitação à fundação que leva o seu nome e promove o evento.

A iniciativa, realizada no último sábado de cada mês, integra a programação dos 25 anos da Fundação Casa de Jorge Amado e do centenário do escritor baiano.

Na primeira edição, barracas armadas no Largo do Pelourinho ofereceram aos visitantes dezenas de iguarias da culinária baiana, como bolinho de estudante, beiju, cocada, bolo de aipim e licores, além de objetos de artesanato de artistas locais, ao som dos clássicos do chorinho, com o grupo Novato.

“Sempre tivemos vontade de interferir com atividades criativas no Pelourinho. Então, aliamos as comemorações a Jorge Amado à gastronomia, assunto que sempre esteve presente em suas obras”, disse a diretora da Fundação Casa de Jorge Amado, Myriam Fraga. Segundo ela, outra fonte de inspiração do projeto Merendas de Dona Flor é o livro de Paloma Jorge Amado Costa, filha do escritor. Na obra, a autora apresenta um levantamento completo de todos os pratos e iguarias citadas nos escritos do pai.

Turismo qualificado - “A ideia da Fundação Casa de Jorge Amado é genial. Aliás, a existência da casa já é importante para Salvador e para a Bahia. Essa iniciativa vai proporcionar um turismo qualificado, diferente desse turismo de massa que o Pelourinho atrai. Um turista que gosta ou estuda a obra de Jorge Amado divulgará a Bahia aliando literatura e gastronomia”, destacou o diretor teatral Márcio Meirelles.

A expectativa do ex-secretário de Cultura do Estado foi confirmada pelo educador paulista Iamilton Aragão, 41 anos, que visitou a primeira edição da feira: “Adorei a proposta. Vou levar este modelo de literatura aliada a gastronomia e música numa espécie de tenda cultural para São Paulo”, afirmou.

O professor baiano Hamilton Silva de Jesus, 49 anos, conheceu o projeto enquanto passava pelo Largo do Pelourinho. “Muito bom ver esse tipo de atividade no Pelô. Está aprovado”, decretou.

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