Vanessa Alonso
Marco Aurélio Martins/Agência A TARDE
Adriano Brito investiu no novo segmento e ganhou
Adriano Brito investiu no novo segmento e ganhou
O sonho de todo empresário é ter clientes que gastam sempre mais e em produtos de maior valor. Pois bem, foi exatamente assim que as classes D e E se comportaram na Região Nordeste entre junho de 2010 e o mesmo mês de 2011.
De acordo com pesquisa da consultoria internacional Nielsen, essa parcela da população foi responsável por 53% do aumento do consumo na região neste período, com alta de 12% no gasto médio por compra.
Quando o assunto é diversificação das compras, eles consumiram 55,7% das categorias de produtos pesquisados este ano, contra 54% em 2010.
“Esse é um público que está virando alvo de muitos olhos e traz oportunidades de investimento muito boas. Eles estão começando a comprar mais e itens que antes não consumiam. Há a diversificação e qualificação do consumo”, informa o analista de mercado da Nielsen, Rodrigo Portela.
Segmentos promissores - O estudo considerou como classes D e E famílias com renda de até R$ 680. “É indiscutível o aumento do rendimento médio dessa parcela da população, pois eles têm como referência de remuneração o salário mínimo, que tem tido reposições acima da inflação. Isso amplia o poder de compra”, justifica Joilson Souza, coordenador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Bahia.
Para ele, os empresários que mais tendem a se beneficiar no Estado são da área de higiene, alimentos, limpeza, eletroeletrônicos e até o comércio de veículos usados.
Já o economista Emanuel Ferreira, professor da Estácio/FIB, destaca segmentos como beleza, construção civil, tecnologia, entretenimento e educação. “As políticas econômicas e sociais de distribuição de renda e acesso ao crédito favoreceram as famílias de baixa renda. Isso não pode ser desconsiderado pelos empresários que querem crescer”, enfatiza.
Há 12 anos fabricando produtos voltados para a classe média, a indústria baiana Trihair Cosméticos decidiu dar mais atenção às classes D e E há dois anos. Eles desenvolveram uma linha com produtos específicos para este público e já comemoram os resultados.
“Antes, 17% do nosso faturamento era proveniente desse público, hoje isso representa 35%”, avalia o diretor comercial Adriano Brito, que registrou crescimento de 30% este ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário