Lílian machado
Considerada a dama de ferro do governo baiano, a secretária da Casa Civil, Eva Chiavon, com longa trajetória em áreas estratégicas de poderes Executivos, teve sua saída confirmada ontem pela assessoria do governo.
Foi ratificado que a aliada do governador Jaques Wagner (PT) sai da Bahia com destino a voos mais altos em Brasília, atendendo a um convite do Ministério do Planejamento para assumir a Secretaria Executiva da pasta. Em seu lugar deve assumir o chefe de gabinete, Carlos Melo.
Ontem, a secretária esteve em Brasília, a princípio acompanhando o governador na cerimônia de entrega do prêmio Darcy Ribeiro de Educação pelo Programa Todos Pela Alfabetização (Topa), mas cogita-se que ela já estaria a costurar também a sua transição.
Nos bastidores, começou ontem a cotação dos nomes para atuar na Casa Civil do governo Wagner. Além do próprio Carlos Melo, a quem o governador deve confiar a oportunidade de assumir questões de forte interesse para o estado, a exemplo da implantação do Porto Sul, está no páreo o baiano, presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli (PT).
A vinda de Gabrielli foi especulada diante da expectativa de que ele seja um dos nomes mais fortes para a eleição ao governo em 2014. Vale lembrar que recentemente o governador admitiu que seu nome seria um dos petistas possíveis para sucedê-lo.
Somam-se ainda os desgastes já noticiados entre o executivo e a presidente Dilma Rousseff, que teria dado como prazo para sua permanência no governo até dezembro. A renúncia de uma carreira nacional de projeção teria em vista justamente esses dois elementos, segundo conversas de bastidores.
A finalidade do atual dirigente da Petrobras à frente da Secretaria da Casa Civil seria, portanto, política além do comando estratégico de obras e ações que podem oferecer respostas positivas ao governo, como o próprio Porto Sul, visualizada como uma grande aposta para o estado.
Apesar de a saída de Eva Chiavon ter sido observada no meio político como uma perda para a gestão Wagner, sua ida para o governo federal também foi visualizada como um impulso para o andamento do Porto Sul, menina dos olhos do governo, que representa investimentos da ordem de R$2,4 bilhões. Ela também volta ao ninho da Esplanada dos Ministérios, sendo seu trabalho já conhecido pela presidente Dilma.
Segundo informações do site Política Livre, o governador Wagner ontem, em reunião com a bancada baiana no Congresso Nacional, confirmou que Carlos Melo deve assumir interinamente o posto de Eva. “A gente perde uma pessoa importante na Bahia, mas ganha uma pessoa importante no Ministério do Planejamento”, disse Wagner.
Eva Chiavon é filiada ao PT do município de Lauro de Freitas. Conforme o presidente estadual do PT, Jonas Paulo, o convite para o Ministério do Planejamento é um reconhecimento ao seu trabalho na Bahia. “É uma figura competente e que tem compromisso com nosso projeto. Soma-se a isso o fato de Eva já ser uma pessoa muito bem reconhecida na Esplanada”, afirmou.
O dirigente petista, no entanto, disfarçou quando questionado sobre os nomes possíveis para ocupar o cargo. Apesar de ter se encontrado com Wagner em Brasília, ele disse que não tratou sobre o assunto. Sobre Gabrielli, ele disse que não existe articulação sobre 2014.
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