
Os professores de universidades e institutos
federais não receberam bem a proposta do governo, segundo entidades
representativas, e vão se reunir no dia 23 para decidir os rumos da greve.
O Andes, sindicato dos professores de universidades
federais, não quis informar se defenderá a manutenção da greve. “Para as
universidades públicas brasileiras se desenvolverem é preciso ter uma carreira
estruturada, não tabelas com valores jogados ao léu”, disse o segundo
tesoureiro do Andes, Almir Menezes.
A proposta do governo estabelece prazo de até três
anos para o reajuste total. “O MEC apresentou uma tabela sem um conceito de
carreira e não disse quando isso vai ser aplicado. O problema é que no ano que
vem pode ser só 1%, por exemplo.”
Menezes admitiu que os reajustes de 16% a 45%
seriam “razoáveis” se entrassem em vigor imediatamente. Mas, com o horizonte
proposto, de três anos, são “insuficientes”.
Institutos O Sindicato dos Servidores Federais da
Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) também criticou o plano.
“Queríamos um salário robusto no início de carreia. O governo colocou um
salário melhor a ser recebido no fim dela, e ainda é utópico, porque os
requisitos a serem cumpridos para atingir esse teto são muito rígidos”, diz
William Carvalho, um dos dirigentes do Sinasefe. “Além disso, em nossa rede,
menos de 3% são titulares. Os R$ 17 mil (de salário) estão longe da nossa
realidade.”
Nesta sexta-feira, o Sinasefe colocou em seu blog
uma tabela que mostra que, mesmo com o reajuste, docentes com o cargo de
professor adjunto 1, com doutorado, continuarão ganhando menos do que um
policial rodoviário federal, que precisa ter o ensino médio. Informações do
Estadão.
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