Entra ano e saia ano, entra prefeito e sai prefeito e o problema do lixão de Ubatã continua sem solução. Cada vez mais grave, sobretudo quando na tentativa de minimizá-lo usam o método da incineração a céu aberto. A fumaça decorrente da queimada prejudica a visibilidade dos motoristas que transitam na Br-330, já que o depósito do resíduo, fica bem próximo a esta movimentada rodovia, e o fogo pode se alastrar pelos pastos e roças de cacau das imediações. Cartão postal negativo do município e da região, o lixão de Ubatã é realmente uma vergonha, assim como o de Barra do Rocha, distante um do outro em menos de 2km.
Lançados a céu aberto os resíduos sólidos produzidos pela cidade de Ubatã, a exemplo de tantos outros ainda existentes, acarretam problemas ao meio ambiente e à saúde pública, favorecendo a proliferação de animais transmissores de doenças, a exemplo de moscas, mosquitos, baratas e ratos, etc, assim como gerando um terrível mau cheiro e a poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas através do chorume (líquido de cor preta, mau cheiroso e de elevado potencial poluidor produzido pela decomposição da matéria orgânica).
A contaminação do lençol freático, pela infiltração do chorume poderá ocasionar endemias e surtos epidêmicos. A situação se agrava se ocorrer a disposição de lixo hospitalar e industrial. Problemas sociais e econômicos com a existência de catadores, os quais retiram do lixo o seu sustento, e muitas vezes residindo no próprio local, também são observados. Em pleno terceiro milênio, com tanto avanço tecnológico, com inovadoras propostas de aterros sanitários, admitirem a existência de lixões é realmente muito atraso.
(Giro/José Américo Castro)
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