Com o aperto do cerco aos criminosos nas
cidades de maior porte e a criação das divisões antissequestro na
capital, bandidos de várias regiões do país estão se deslocando para
cidades de menor porte para a prática de seus crimes. Depois da onda de
assaltos a banco no interior, começaram os assaltos a caixas eletrônicos
com a utilização de dinamite, ação que já é comum no interior da Bahia e
que foi ensinada por marginais do sul do Brasil.
Agora, uma nova modalidade de crime
passa ser utilizada em cidades pequenas, que são deficitárias no aparato
da segurança e onde empresários bem sucedidos escolhem para morar ou
descasar. Somente em Valença, a 278 km da capital, foram registrados
três sequestros e um estouro de cativeiro nos últimos dois meses. No
final de março deste ano um ex-prefeito da cidade foi mantido refém por
três dias dentro de sua residência junto com mais onze familiares, que
estavam descansando na casa na praia no Guaibim, os sequestradores
levaram mais de R$ 200 mil reais da vítima.
Outros dois casos ocorreram pouco mais
de quinze dias antes do caso do prefeito, um funcionário de um banco na
cidade também foi mantido refém dentro de casa na praia de Guaibim,
deste levaram cerca de R$ 50 mil reais. Os outros casos foram: O dono de
uma rede de farmácias que ficou quatro dias em poder dos
sequestradores, pagou cerca de R$ 100 mil para ser libertado.
Em fevereiro um empresário de Itacaré
foi mantido em cativeiro por 26 dias em um sítio localizado as margens
da BA 001 em Valença, este consegui fugir e informou a polícia o local
do cativeiro, ao chegar ao local a polícia não encontrou os suspeitos e
ninguém foi preso. Em todos estes casos somente dois foram registrados e
estão sendo investigados pela polícia que não fornece nenhuma
informação sobre o caso.
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