terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Simões X Sepúlveda: Quem ganha, quem perde?




Nos municípios, como Jequié, o debate políticos e os questionamentos das ações dos gestores são constantes no jogo democrático, sobretudo num ano pré-eleitoral.
Simões e Sepúlveda defendem os interesses de seus grupos.
Simões e Sepúlveda defendem os interesses de seus grupos.
"Estranho o radicalismo de Zé”.

Nos últimos dias, o vereador José Simões (PP) voltou a fazer oposição sistemática ao governo do prefeito Luiz Amaral (PMDB), depois de uma breve período como base do governo, neste segundo semestre. Na Câmara de Vereadores e nos meios de comunicação, o vereador tem feito diversas críticas ao gestor, dizendo que os recursos municipais estão sendo mau utilizados, citando as diárias excessivas e até utilização indevida do expediente das pequenas despesas por parte de algumas secretarias, como a de Desenvolvimento Social. O líder do governo no legislativo, vereador Gutinha, chegou a dizer – no Gicult - que estranhava “o radicalismo de Zé”, um vereador que até poucos dias “defendia o governo e tinha vários cargos no Executivo”.

Denúncias

Como a Câmara está em recesso, o vereador Simões participou do programa matutino da 93 FM, nesta segunda-feira (19), e novamente fez as denúncias anteriores, enfatizando o gasto excessivo com o evento evangélico no valor de R$ 75.000,00 e outra processo de despesas similar com aproximadamente o mesmo valor.

Os motivos

Para responder ao edil da oposição e tentar esclarecer a opinião pública, o Secretário Municipal de Governo, Dr. Luciano Sepúlveda, compareceu ao mesmo programa na manhã desta terça-feira (20) e justificou os motivos de ter havido duas cotações de preço para o evento denominado “Dia da Bíblia”. Além de defender os valores e falar da importância de apoiar a atividade religiosa – realizada na Praça da Bandeira neste mês -, Luciano fez duras críticas à postura política de Simões e, inclusive, lembrou que as contas do parlamentar foram questionadas pela sociedade no período em que ele fora presidente da Câmara.

Adulteração

Porém, o terceiro round com a tréplica de Simões aconteceu novamente no estúdio da 93 FM, sob a mediação do radialista Wilson Novaes, hoje mesmo ao meio dia. Logo de início, o vereador disse que na entrevista concedida por Sepúlveda pela manhã, esperava novas informações sobre o que ele denunciou. “Esperava que o Secretário dissesse que eu estava equivocado. Parece que as coisas estão piores do que eu imaginava”, afirmou, acrescentando que “adulteraram as informações questionadas no Portal da Transparência”, mas “foram pegos com a mão no tacho”.

A missa e a massa

Além de chamar Luciano de “cínico e cara de bobão”, Simões falou que as pessoas entenderam que o pronunciamento do Secretário de Governo foi “uma missa encomendada para me jogar contra a família Borges” e também contra “os evangélicos”. Segundo o vereador, “querem usar os evangélicos como massa de manobra para surrupiar a Prefeitura”. Disse que seu posicionamento não é contra os evangélicos. “Tenho muitos amigos pastores e me considero um cristão. Não sou um bom cristão, porque não freqüento igreja e não comungo”, revelou.

“Terrorismo”

Sobre a fala do Secretário em relação ao período em que Presidente da Câmara Municipal de Jequié, o parlamentar disse que durante os quatro anos teve suas contas aprovadas. “Você, Luciano, além de ser mentiroso, parece que é incompetente. Por onde passa deixa o rastro. Sob sua responsabilidade, as Contas de 2009 do prefeito foram reprovadas e as de 2010 estão indo para o mesmo caminho. Você está fazendo terrorismo de direção de presídio. Quando se convive, aprende”, concluiu.

O nocaute

Como há controvérsias, vamos esperar o próximo round. Como os problemas da cidade – e as soluções - não estão em discussão nas falas dos dois homens públicos, a população já está sendo nocauteada.

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