sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Deve-se lutar por grandes obras para Jequié e Região




O debate a respeito dos rumos do município de Jequié continua intensos e ricos aqui no site Gicult. Os leitores, como o professor Jorge Barros – que assina o texto abaixo -, fazem uma análise crítica sobre a realidade do município, seus condicionamentos históricos, e apontam saídas para o rumo do progresso. Leia:
Aeroporto (terminal) não corresponde às necesidades de Jequié. Foto: Gicult
Aeroporto (terminal) não corresponde às necesidades de Jequié. Foto: Gicult

Quando se diz que Jequié está em processo de estagnação, de imediato alguém se manifesta com argumentos contrários, na tentativa de ocultar verdades que a própria história tem mostrado, ou quem sabe, defender seus interesses políticos partidários e mesquinhos; atitudes essas que só têm trazido danos a um grande projeto de desenvolvimento para Jequié e Região; senão vejamos.

Esqueceram o Aeroporto

No dia 11 de dezembro próximo passado, o governador Jaques Wagner aqui esteve para a entrega das chaves aos moradores beneficiados pelo Projeto Minha Casa Minha Vida, no bairro Beira Rio. Representações políticas regionais e sociais estiveram presentes ao evento, cada uma com uma pauta de reivindicações ao chefe do executivo baiano. Lamentavelmente, nas listas das reivindicações entregues ao governador e divulgadas na mídia, em nenhuma delas reivindicou-se a construção de um aeroporto decente para Jequié e Região. Talvez você argumente que isso é pedir demais, haja vista que Jequié sequer tem um Shopping Center, uma universidade autônoma, uma rodoviária moderna e eficiente etc. Porém, empreendedorismo e progresso não podem prescindir de meios de transportes e comunicação.

“Símbolo de decadência”

Ademais, no passado, já tivemos aqui voos comerciais operados pela NORDESTE LINHAS AÉREAS - que facilitavam transporte de passageiros para a capital e outras cidades da Bahia; em muitos desses voos, várias transações comercias eram feitas, dinamizando o mundo dos negócios de muitos empresários e comerciantes de Jequié. Hoje, o nosso aeroporto não é mais aeroporto, e sim um terminal aeroviário - símbolo de decadência, de retrocesso, haja vista que não opera mais vôos comerciais. O aeroporto de Vitória da Conquista já opera seis voos diários para Salvador.

“Grandes empreendimentos”

Reivindicar ao governador pavimentação de ruas, construção de passarelas e pontes, desentupimento de canais e rios, instalação de olhos de gavião ou obras similares, convém. Porém, as lideranças políticas e sociais jequieenses devem aglutinar esforços para a luta por grandes empreendimentos, para que Jequié volte a ser a cidade progresso (década de 40) do sudoeste baiano. Caso contrário, num futuro não muito distante, Jequié pertencerá à “Região Metropolitana de Vitória da Conquista”, tão logo esta cidade conquiste a sua universidade federal (Universidade Federal do Sudoeste da Bahia) e assuma a posição de segunda maior cidade da Bahia – ficando apenas atrás de Salvador.

Um alerta para os (as) candidatos (as) a Prefeito

E, para aqueles que já se lançam como candidatos à prefeitura de Jequié, que tal refletir sobre essa triste realidade? É tempo de reagir, de despertar, ou ficaremos indefinidamente subalternos ao império do atraso, do subdesenvolvimento.

“Mudam os tempos; isso nenhuma força pode evitar”. (B. Brecht)

- Por Professor Jorge Barros, UESB, presidente da Comissão de Mobilização Pró-UNERC

--------------------------------------------

LEIA também, na área de Colunistas do Gicult, o texto "Pensar Jequié para os próximos 30 anos", escrito por Adanilton Fonseca.


Nenhum comentário:

Postar um comentário