quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Nelson Rodrigues - 100 anos: uma voz que ecoa pela cultura brasileira




Textos do dramaturgo e cronista ganharam o teatro, o cinema e a televisão do País.
Nelson Rodrigues faria 100 anos. Foto: folha
Nelson Rodrigues faria 100 anos. Foto: folha
Em seu centenário, completado nesta quinta-feira (23), Nelson Rodrigues ainda é uma figura central na cultura brasileira. Autor de frases conhecidas até por quem nunca viu uma peça sua - caso de "toda unanimidade é burra" ou "nem toda mulher gosta de apanhar, só as normais" -, este pernambucano continua em evidência.
Nascido no Recife em 1912, Rodrigues escreveu sua primeira peça, "A Mulher Sem Pecado", em 1941. Dois anos depois, alcançou o sucesso com "Vestido de Noiva". O espetáculo é considerado um divisor de águas no teatro brasileiro, tanto pelo texto quanto pela revolucionária montagem do polonês Zbigniew Ziembinski.
Estavam lá todas as obsessões que marcaram sua carreira: os subúrbios do Rio de Janeiro, o sexo e a consequente repressão sexual, a morte. Nas décadas seguintes, os temas continuaram em obras como "Bonitinha, Mas Ordinária" e "Toda Nudez Será Castigada". Foi taxado por alguns de imoral, por uns de repetitivo, por outros de caricato.
Também teve uma atuação importante como cronista. Mas, neste caso, seu conservadorismo era mais evidente. Era um crítico ferrenho do feminismo e da revolução sexual, ao mesmo tempo em que chegou a defender a ditadura militar de 1964. Ele mesmo se definia como um "reacionário". "Reajo contra tudo que não presta".
"A obra criativa dele é uma unanimidade, não as opiniões políticas", afirma a dramaturga Fatima Saadi, que editou um número especial sobre Nelson Rodrigues na revista Folhetim. "Nos anos 1980, ele não ainda era uma unanimidade. Hoje há muita gente estudando, inclusive suas crônicas, com uma aborgadem antropológica, aproximando-o do Gilberto Freyre."
- Fonte: IG

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