Dados do
Censo 2010 divulgados hoje (17) pelo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) confirmam que a taxa de fecundidade no
país (número de filhos por mulher), de 1,9 filho, está abaixo da taxa de
reposição da população – de 2,1 filhos por brasileira. Têm mais filhos
mulheres do Norte e Nordeste, além de pretas e pardas, pobres e menos
instruídas. O dado consolida a trajetória de queda da fecundidade, a
partir da década de 1970 e influencia o perfil etário da população: o
Brasil tende a ser tornar um país de idosos. O número de filhos por
mulher chegou a 6,28 em 1960, antes de cair para 2,38, em 2000.
Atualmente, com 193 milhões de pessoas, o Brasil é um país jovem, cuja
população cresceu 1,7% na última década.
O número
de filhos na área rural influenciou a menor diminuição da taxa de
fecundidade. Embora tenha diminuído de 3,4 filhos para 2,6, entre 2000 e
2010, é maior do que o verificado nas áreas urbanas (de 2,18 para 1,7).
Por isso, a taxa final difere da divulgada recentemente pela Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), de 1,7 filho, que não ouve
mães camponesas. A queda no número de filhos por mulher se deu de forma
diferente nas regiões do país. Foi influenciada por práticas
contraceptivas, entre as quais, a esterilização feminina, com forte
impacto na redução de filhos no Norte e Nordeste, ressalta o IBGE. Mesmo
assim, em 2010, o Norte é a única região com taxa de fecundidade acima
da de reposição.
(Agência Brasil)
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