O
Brasil,conforme dados apontados pela pesquisa denominada Levantamento
Nacional de Álcool e Drogas(Lenad) é o maior consumidor mundial de
crack, a pedra apocalíptica, tendo já consumido pelo menos uma vez por
2,6 milhões de brasileiros.É algo realmente estarrecedor.Diante dessa
realidade abrimos uma seqüência de matérias para situar a droga na
região de Ipiaú, mostrando o flagelo que deixa em seu rastro e apontando
possíveis soluções para o problema. Nem tudo está perdido, existe
sempre uma esperança.
A Pedra Apocalíptica
Apocalíptico,
o crack estende seus tentáculos em toda a região sudeste da Bahia. As
táticas adotadas pelos traficantes em Jequié e Ipiaú, as duas maiores
cidades do médio Rio das Contas, resultam em dribles que a policia tem
dificuldades para evitar. A utilização de “aviões” e o fracionamento da
mercadoria, multiplicando os vendedores de pequenas quantidades, torna
cada vez mais difícil as apreensões volumosas. Os que são presos mantém
fidelidade à Lei do Silencio, pois sabem que dela depende a própria
sobrevivência, o mesmo ocorrendo com os usuários.
Os chefões
provincianos não perdoam nunca. Muitos deles ditam as ordens do
interior dos cárceres, sobretudo do Presídio de Jequié, onde cumprem
penas. Somente no ano passado,segundo informações obtidas junto a
investigadores da Policia Civil, foram executadas em Jequié nada menos
que 52 pessoas por envolvimento com o tráfico de drogas e neste ano de
2012 já são mais de 30 vitimas fatais.
Ipiaú
dispara como o grande centro regional distribuidor de crack. Estava com
um morador desta localidade o maior carregamento da droga (40 Kg)
aprendida recentemente. Ele trazia a mercadoria de São Paulo quando foi
interceptado pela policia próximo ao local conhecido como Pé de Serra.
Uma denúncia anônima contribuiu para o sucesso da operação. As cidades
de Ubatã, Ubaitaba e Aurelino Leal seguem a mesma tendência. Dos 40
presos que se encontravam, dia 20 de abril, no Xadrez do Complexo
Policial de Ipiaú, 13 eram por tráfico de drogas,sobretudo do crack.
Outro dado a ser considerado é a crescente presença de mulheres na rede
da transação criminosa. Os usuários se multiplicam em quase todas faixas
etárias, sendo a maioria jovens de 15 a 25 anos.
Se “um
jovem drogado é uma velho no fundo do poço”, o que dizer dos usuários
idosos, senhores de 50,60 e até 70 anos. A reportagem constatou nas
cidades onde desenvolveu a pesquisa que eles são muitos e engrossam as
fileiras dos que estão à margem da sociedade e que perdem por completo
as noções dos valores éticos e morais.
“Se o fim
dos tempos virá com sinais de fogo e epidemias, é bom começarmos a
enxergar que o fogo que queima essa pedra também queima e destrói
velozmente famílias, sonhos e o próprio futuro da humanidade”, alertou o
Juiz de Direito, Onaldo Queirog.
Mas nem
tudo está perdido já que existe luz no fim do túnel. É o fio da
esperança. Confira no próximo Box desta matéria, história de pessoas que
conseguiram se libertar deste mal.
(Giro/José Américo Castro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário