Os consumidores vão pagar menos pela energia elétrica a partir de
janeiro de 2013. No pronunciamento de 7 de setembro no rádio e TV, a
presidenta Dilma Rousseff anunciou o corte médio de 16,2% no valor das
contas residenciais. Para as indústrias, a queda poderá chegar a 28%.
“Esta queda no custo da energia elétrica tornará o setor produtivo ainda mais competitivo. Os ganhos, sem dúvida, serão usados tanto para redução de preços para o consumidor brasileiro, como para os produtos de exportação, o que vai abrir mais mercados, dentro e fora do país”, afirmou Dilma, no pronunciamento de 11 minutos.
Segundo ela, “a redução da tarifa de energia elétrica vai ajudar também, de forma especial, as indústrias que estejam em dificuldades, e desta forma evitando as demissões de empregados”. A presidenta fez um amplo relato das ações do governo para retomada do crescimento econômico.
Assista à íntegra do pronunciamento:
Leia a íntegra do pronunciamento:
Queridas brasileiras e queridos brasileiros,
Viva o povo brasileiro!
“Esta queda no custo da energia elétrica tornará o setor produtivo ainda mais competitivo. Os ganhos, sem dúvida, serão usados tanto para redução de preços para o consumidor brasileiro, como para os produtos de exportação, o que vai abrir mais mercados, dentro e fora do país”, afirmou Dilma, no pronunciamento de 11 minutos.
Segundo ela, “a redução da tarifa de energia elétrica vai ajudar também, de forma especial, as indústrias que estejam em dificuldades, e desta forma evitando as demissões de empregados”. A presidenta fez um amplo relato das ações do governo para retomada do crescimento econômico.
Assista à íntegra do pronunciamento:
Leia a íntegra do pronunciamento:
Queridas brasileiras e queridos brasileiros,
Com especial alegria, escolhi esta
véspera do 7 de setembro, para dar uma excelente notícia a todos vocês.
Estou aqui esta noite, para dizer que o Brasil,
depois de conseguir retirar 40 milhões de brasileiros da pobreza, e
se transformar na sexta maior economia do mundo, prepara-se para dar um
novo salto - e para crescer mais e melhor.
Não
se surpreendam que esta nova arrancada se dê no mesmo momento em que o
mundo se debate em um mar de incertezas. Isso não ocorre por acaso.
Ao contrário de outros países, o Brasil
criou, nos últimos anos, um modelo de desenvolvimento inédito, baseado
no crescimento com estabilidade, no equilíbrio fiscal e na distribuição
de renda.
Este modelo produziu efeitos tão
poderosos na economia - e na vida das pessoas - que nem mesmo a maior
crise financeira da História conseguiu nos abalar fortemente.
Como a maioria dos países, tivemos uma
redução temporária no índice de crescimento. Mas já temos as condições
objetivas, agora, para iniciar este novo e decisivo salto, cujos
primeiros efeitos já serão percebidos no próximo ano e que vão se
ampliar fortemente nos anos seguintes.
Uma coincidência me deixa feliz: ser
justamente em setembro, mês da primavera e da independência, o momento
em que estamos a plantar as novas bases desse ciclo de desenvolvimento.
Porque ele vai alargar, bastante, o
caminho de afirmação e independência que nosso país vem construindo, com
muita garra, nos últimos dez anos.
Minhas amigas e meus amigos,
O nosso bem sucedido modelo de desenvolvimento tem se apoiado em três palavrinhas mágicas: estabilidade, crescimento e inclusão.
Com elas, o Brasil tem conseguido crescer
e, ao mesmo tempo, distribuir renda. Tem conseguido, como poucos países
no mundo, reduzir a desigualdade entre as pessoas e entre as regiões.
Para tornar nosso modelo mais vigoroso, e
abrir este novo ciclo de desenvolvimento, vamos, a partir de agora,
incorporar uma nova palavra a este tripé.
A palavra é competitividade.
Na verdade é mais que uma nova palavra: é
um novo conceito, uma nova atitude. Uma forma simples de definir
competitividade é dizer que ela significa baixar custos de produção e
baixar preços de produtos, para gerar emprego e gerar renda.
Mas para chegar aí é preciso melhorar a
infraestrutura, avançar na produção de tecnologia e aprimorar os vários
níveis de educação, saber e conhecimento.
Portanto, para ser competitivo, um país precisa de tudo isso.
É deste conjunto de atributos que o Brasil necessita para aperfeiçoar e consolidar nosso modelo de desenvolvimento.
Por isso, estamos lançando um conjunto de
medidas que irão baixar o custo da nossa energia e do nosso transporte,
e reforçar, com vigor, a capacidade de investimento do nosso país.
De forma simultânea, criamos - e estamos a ampliar - as condições para baixar juros, diminuir impostos e equilibrar o câmbio.
Este novo ciclo, que agora se inicia, não
é fruto de nenhuma mágica. É a evolução dos bons resultados que
conseguimos até aqui, e uma necessidade imperiosa para podermos
continuar crescendo e distribuindo renda.
Já somos o país que tem a melhor
tecnologia social do mundo, e nossos instrumentos de política social são
copiados em dezenas de países.
Estamos agora lançando as bases concretas
para sermos, no médio e no longo prazo, um dos países com melhor
infraestrutura, com melhor tecnologia industrial,
melhor eficiência produtiva e menor custo de produção.
Minhas amigas e meus amigos,
Na próxima terça-feira, vamos dar um importante passo nesta direção.
Vou ter o prazer de anunciar a mais forte
redução que se tem notícia, neste país, nas tarifas de energia elétrica
das indústrias e dos consumidores domésticos. A medida vai entrar em
vigor, no início de 2013.
A partir daí, todos os consumidores terão
sua tarifa de energia elétrica reduzida ou seja sua conta de luz vai
ficar mais barata. Os consumidores residenciais terão uma redução média
de 16,2%. A redução para o setor produtivo vai chegar a 28%, porque
neste setor os custos de distribuição são menores, já que opera na alta
tensão.
Esta queda no custo da energia elétrica tornará o setor produtivo ainda mais competitivo.
Os ganhos, sem dúvida, serão usados tanto
para redução de preços para o consumidor brasileiro, como para os
produtos de exportação, o que vai abrir mais mercados, dentro e fora do
país.
A redução da tarifa de energia elétrica
vai ajudar também, de forma especial, as indústrias que estejam em
dificuldades, e desta forma evitando as demissões de empregados.
Minhas amigas e meus amigos,
A redução do custo da energia elétrica
não é a única decisão importante que estamos tomando para baixar o custo
de produção e, por consequência, aumentar o emprego e diminuir o preço
dos produtos brasileiros.
Também acabamos de assinar um conjunto de
medidas que vai provocar, no médio e no longo prazo, uma verdadeira
revolução no setor de transportes no nosso país.
Criamos a empresa de planejamento e
logística que, em parceria com iniciativa privada, vai promover uma
completa reformulação no setor de rodovias, ferrovias,
portos e aeroportos.
Além de restabelecer a capacidade de
planejamento do sistema de transporte, o novo modelo vai promover a
integração e acelerar a construção e modernização de ferrovias,
rodovias, portos e aeroportos.
Para que vocês tenham uma ideia, vamos investir 133 bilhões de reais em rodovias
e ferrovias. Isso significa ampliação e melhorias em 10 mil quilômetros de ferrovias e quase 8 mil quilômetros de rodovias.
Este plano significa, também, um novo
tipo de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, que trará
benefícios para todos os setores da economia e para todo o povo
brasileiro.
Ao contrário do antigo e questionável
modelo de privatização de ferrovias, que torrou patrimônio público para
pagar dívida, e ainda terminou por gerar monopólios, privilégios, frete
elevado e baixa eficiência, o nosso sistema de concessão vai reforçar o
poder regulador do Estado para garantir qualidade, acabar com os
monopólios, e assegurar o mais baixo custo de frete possível.
Queridas brasileiras e queridos brasileiros,
Um novo ciclo de desenvolvimento só se
inicia com mudanças na economia e na forma de gestão e fazendo avançar a
inclusão social. É isso que temos feito nos últimos tempos.
Revigoramos os fundamentos da nossa
política econômica exitosa, mas, ao mesmo tempo, iniciamos uma mudança
estrutural que tem, como sustentação, uma taxa de juros baixa, o câmbio
competitivo e a redução da carga tributária.
Estamos conseguindo, por exemplo, uma
marcha inédita de redução constante e vigorosa nos juros, que fez a
Selic baixar para cerca de 2% ao ano, em termos reais.
E fez a taxa de juros de longo prazo cair para menos de 1% ao ano, também em termos reais.
Isso me alegra, mas confesso que ainda não estou satisfeita.
Porque os bancos, as financeiras e, de
forma muito especial, os cartões de crédito podem reduzir, ainda mais,
as taxas cobradas ao consumidor final, diminuindo para níveis
civilizados seus ganhos.
Sei que não é uma luta fácil. Mas garanto a vocês que não descansarei enquanto não vir isso se tornar realidade.
Como também, não descansarei na busca de
novas formas para diminuir impostos e tarifas, sem causar desequilíbrio
às contas públicas, e, notadamente, sem trazer prejuízos a nossa
política social.
E quero ressaltar que estou disposta a
abrir um amplo diálogo com todas as forças políticas e produtivas para
aprimorarmos o nosso sistema tributário.
Queridas brasileiras e queridos brasileiros,
O Brasil, mais que nunca, tem um presente próspero e excelentes perspectivas para o futuro.
Estamos conseguindo isso graças ao
talento, ao esforço e à coragem de todos vocês. Também porque o governo
tem agido certo e na hora certa.
O nosso governo está preocupado, mais que nunca, com a garantia do emprego e o ganho salarial do trabalhador.
A prova disso é que, ao contrário da
maioria dos países do mundo, aqui não houve desemprego nem perda de
direitos dos trabalhadores. E, somos um dos países, um dos poucos países
do mundo, onde houve ganho real de salários.
Entre outras medidas, estamos
incentivando o emprego por meio da diminuição dos impostos sobre a folha
de pagamento das empresas.
Existe uma coisa mais importante que tudo: aumentamos, a cada dia, a fé e o orgulho no nosso querido Brasil.
Somos cada vez mais um país que olha para o presente, e para o futuro, com um mesmo olhar de alegria, conforto e esperança.
Viva o sete de setembro!
Viva o Brasil!Viva o povo brasileiro!
Obrigada e boa noite.
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