quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

“Não se admitem bravatas inspiradas num saudosismo da ditadura"


Ao utilizar o espaço concedido às lideranças partidárias da Câmara, o deputado Emiliano José (PT-BA) reafirmou nesta quinta-feira, 09, apoio e confiança na condução das negociações do governador Jaques Wagner com parte da Polícia Militar da Bahia em greve. "Wagner teve sempre consciência do peso de um mandato conferido pela esmagadora maioria da população e não admitia, portanto, que se violentasse o direito à segurança da população, que é a questão primeira sempre colocada por ele".

Durante os dez dias em que manteve o prédio da Assembleia da Bahia ocupado, o movimento grevista, comandado pelo presidente da ASPRA, Marco Prisco, foi responsável por diversas ações de violência e que inspiraram o clima de terror na cidade. Agências bancárias foram metralhadas, pessoas assassinadas, entre elas, uma moradora de rua que amamentava o filho, além de ônibus tomados por policias encapuzados, com motoristas e passageiros obrigados a abandonarem os veículos, deixando-os atravessados em via pública. "Tudo isso numa ação articulada por policiais sem compromisso com o povo. Pequena parcela dos policiais baianos que não compreendem a sua tarefa de defensor da população", destacou.

A revolta da população com o movimento grevista atingiu seu nível máximo após informações divulgadas no noticiário. Gravações demonstraram que uma parte dos que comandavam a greve da PM estava disposta a continuar conturbando a vida na Bahia, associada a lideranças de outros estados, com um mesmo objetivo: ultrapassar os limites da legalidade, assustar a população e disseminar a insegurança, de maneira calculada.

"No entanto, é preciso dizer que entre os policiais militares da Bahia o banditismo é exceção. Com a prisão dos que incentivavam e praticavam atos criminosos, agora a corporação certamente compreenderá os esforços do governador Jaques Wagner em atender as suas reivindicações, com o pagamento da GAP 4 e da GAP 5 até o ano de 2015, que implicará, um acréscimo nos gastos públicos a preços atuais da ordem de 500 milhões de reais, indo ao limite extremo das possibilidades orçamentárias do Estado".

Bravatas do passado

Emiliano criticou ainda a posição de alguns parlamentares baianos que pareciam “torcer” contra a paz na cidade. "O deputado ACM Neto, por exemplo, chegou a discursar contra a presença de uma delegação representativa de deputados e senadores da Bahia, de diversos partidos, ontem, em solidariedade ao governador, e que pedia aos soldados da PM que voltassem a garantir o sagrado direito à segurança do povo da Bahia" - Um grupo formado por parlamentares da Bahia de diferentes partidos esteve reunido com o governador nesta quarta-feira e conclamou a PM à volta das atividades.

"A história registra o quanto é negativa uma movimentação de policiais armados. Disso, o Deputado ACM Neto devia ter consciência. Devia. Não tem, ainda. Em 1981, uma dessas movimentações foi sufocada a bala, com mortes, e o Deputado ACM Neto certamente se lembra de quem era o Governador. Quem sabe se inspirasse naquele exemplo, ao pensar na greve da Bahia, exemplo que nós nunca seguiremos, que o Governador Wagner não segue. A solução sempre será com base na lei, nas regras do Estado de Direito", sentenciou Emiliano.

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