terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Jequié: A gestão de Robério Chaves e o enfraquecimento da cultura






Robério, Sec. de Cultura e Turismo, já foi um homem forte no governo Luiz Amaral. Foto: Gicult
Robério, Sec. de Cultura e Turismo, já foi um homem forte no governo Luiz Amaral. Foto: Gicult

Algo preocupante está acontecendo na "Cidade Sol". A Secretaria de Cultura e Turismo de Jequié, dirigida pelo Secretário Robério Chaves, começa o ano de 2012 sem perspectiva de cumprir sua missão de fomentar as atividades culturais locais, implementar as políticas de reforço da memória da cidade, como investir no Museu, e da ampliação do conhecimento dos cidadãos, através da melhoria da Biblioteca Central.

Apesar das dificuldades, o último suspiro de existência da Secretaria foi sentido no São João passado. A festa, a principal do município, aconteceu num ambiente de disputa interna com outros secretários. Mantendo a duras penas o caráter cultural do evento, a festa agradou ao grande público, mesmo com o esvaziamento da Vila Junina.

Depois disso, o movimento mais perceptível da Secretaria de Cultura foi o abandono do Centro de Cultura ACM, onde estava instalada, para se acomodar no imóvel anteriormente conhecido como Casa da Itália. Acomodado, Robério não reage diante do enfraquecimento de sua pasta, quase inexistente para o comando governamental, principalmente depois que se colocou como candidato a cargo eletivo em 2012, inclusive para prefeito.

Percebendo esta fragilidade, a Câmara de Vereadores votou uma resolução no início deste ano retirando recursos da cultura, sem reação da base governista e do próprio setor afetado. Como o Secretário não luta pelos projetos, não dialoga com a classe artista e os segmentos culturais do município, até a Secretaria perdeu a legitimidade e se tornou algo desnecessário, aos olhos dos que não valorizam a cultura.

Quase nada acontece nessa área. Os equipamentos, como a Casa da Cultura, estão sem grande de programação estável. Sem manutenção, o Museu pede socorro. Até o Carnaval de marchinhas, que aconteceria neste mês de fevereiro, conforme foi anunciado, ficou nos sonhos alegóricos.

Percebe-se, portanto, que o setor cultural em Jequié chegou ao fundo poço do esquecimento e do abandono, servindo apenas para manter o cargo (e o acordo político) de um gestor que demonstra não ter apoio, habilidade e aptidão para a função neste momento de crise. Fala-se que está havendo boicote interno à Secretaria. Se isto está acontecendo, o dirigente que honra seu nome e tem compromisso com a cultura não aceita ficar no cargo em tais condições.

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