A deputada Luiza Maia aproveitou o carnaval para fazer campanha e falar a respeito do seu projeto de lei contra a baixaria. Em entrevista ao repórter Léo Valente, ela comentou que o momento é de se “sensibilizar os deputados quanto a importância do projeto”. Alguns dos representantes do Legislativo estadual teriam até acusado que seria uma tentativa de se reeditar a censura.

Já contando com o apoio de toda a bancada feminina na Assembléia, Luiza Maia lembrou que pela Constituição cabe ao Estado resguardar os direitos e o respeito às mulheres.

” Falam aí em músicas que mulher gosta de tomar tapa na cara, que jogaram bomba no cabaré e sai caco de puta para todo lado, isso é um absurdo. É preciso se combater o preconceito e a discriminação e como é que dinheiro público vai financiar essa loucura?” questionou ela, também relacionando outros tipos de “homenagens” que certos cantores da música baiana fazem às mulheres, chamando-as de: “cachorras’, “vadias’, “metralhadas”, “galinha’ e ”piriguete’, entre outros adjetivos.

Ela também lembrou ilegalidades como a de determinada banda que teria recrutado adolescentes de 13 anos de idade para protagonizarem danças que representam encenação de sexo explícito no palco. ” A banda A Bronkka bota crianças no palco de quatro, encenam sexo anal e ainda fazem gesto como se estivessem batendo nelas”, denunciou.

Na opinião da deputada, a questão seria gerada por grandes produtoras de eventos interessadas em lucrar em cima da desvalorização das mulheres, parte de uma campanha maior contra a violência contra o chamado “sexo frágil”. ‘Nesse carnaval vimos diminuir esse tipo de baixaria contra as mulheres, prova de que houve repercurssão e apoio da sociedade”, comentou.