Em São Paulo
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Anna Hazare em seu quarto na casa de hóspedes do governo em Nova Déli
O ativista indiano anticorrupção Anna Hazare encerrou, neste domingo (28), a greve de fome iniciada há 12 dias, depois de receber a confirmação de concessões dos parlamentares em Nova Déli. Hazare, 74 anos, havia anunciado no sábado a dezenas de milhares de simpatizantes que encerraria o jejum nas primeiras horas do dia.
O protesto de Hazare causou uma onda de revolta pública contra a corrupção endêmica, unindo a classe média da Índia contra o governo e o premiê Manmohan Singh. "Hazare está contente com a decisão do governo de aceitar suas propostas", declarou Vibhav Kumar, porta-voz da campanha "Índia contra a corrupção".
O militante radical iniciou a greve de fome em 16 de agosto, dia em que foi detido após as grandes manifestações em todo o país que pediam o fim da corrupção. Hazare foi liberado três dias mais tarde e seguiu para uma praça de Nova Déli, onde prosseguiu com o jejum para exigir mais rigor em um projeto de lei em debate no Parlamento para dar mais eficiência à luta contra a corrupção.
No sábado, o governo anunciou que vai atender algumas de suas demandas, como a criação do cargo de mediador da República em cada um dos 29 Estados do país, a redação de uma "carta do cidadão" e a ampliação dos poderes do mediador a todos os funcionários do governo.
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