quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CNTE: Greve pelo Piso e a desvalorização dos professores






A luta pela valorização dos professores parece ser eterna. Entra ano e sai ano e os educadores continuam mobilizados para conseguir garantir as conquistas mínimas, como a do Piso Salarial, Lei aprovada há mais de 3 anos.
Reunião da CNTE que decidiu sobre a greve em março de 2012.
Reunião da CNTE que decidiu sobre a greve em março de 2012.

As exigências de avanço tecnológico e de mão de obra qualificada esbarram nos entraves educacionais do Brasil, um país que já alcançou o posto de 6ª economia mundial, mas que não deu a devida atenção à formação intelectual de seu povo, muitos ainda analfabetos.

Devido aos desafios de crescimento, o Brasil precisa resolver o grande atraso educacional, ultimamente mais centrado na qualidade de ensino. A partir dos anos 1980, houve um investimento para oportunizar o acesso à rede pública, ampliando a quantidade de vagas no ensino básico. Mas, ainda persiste a praga do analfabetismo, muito alta na região Nordeste.

Além disso, os principais agentes da educação, os professores, continuam desvalorizados em todo País. Muitas escolas não têm as condições mínimas de funcionamento em várias localidades, sobretudo na zona rural. Somando a isto, os educadores sobrevivem com baixos salários, obrigando-os a acumular uma carga horária excessiva para sobreviverem.

Mesmo diante desta realidade, muitos governantes resistem em não implementar o Piso Salarial Nacional, que, conforme os cálculos do MEC, vai dos atuais R$ 1.187 para um valor em torno de R$ 1.384 para 40 horas. Prevê-se, também, um aumento de 16,68% no valor mínimo investido por aluno pelos governos municipais, estaduais e federal.

Por isso que, em reunião do Conselho Nacional de Entidades da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), ocorrida na sexta-feira (16/12), a Plenária decidiu realizar uma greve nacional na primeira quinzena de março (Clique AQUI e assista ao VÍDEO), para exigir o cumprimento da lei nacional do piso do magistério, além do investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação.

Em cada estado e município do Brasil, o tratamento dessa questão é diferente. Em dezembro passado, por exemplo, o governo da Bahia avançou na discussão do Piso, mas em Jequié, cidade do interior do estado, os educadores colocaram na pauta de reivindicação de 2012 a luta pela aplicação do Piso. Os trabalhadores em Educação de outras cidades farão o mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário