segunda-feira, 14 de maio de 2012

Wagner admite atrair PR para a base








Romulo Faro









Embora os deputados estaduais do PR não simpatizem muito com a ideia, existe, sim, a possibilidade de o partido passar a integrar a base do governo na Assembleia Legislativa (AL-BA). Quem afirma é o próprio governador Jaques Wagner (PT). “Considero que foi um primeiro passo que foi dado. Uma ótima notícia. Uma reaproximação com o governo federal, que foi pela via de um quadro do PR baiano. Agora, a ideia é que se sente para conversar”, disse Wagner ao site Política Livre, ao comentar a ida do ex-senador e presidente do PR na Bahia, César Borges, para o governo federal. Convidado pela presidente Dilma Rousseff (PT), o republicano assumirá a vice-presidência de Governo do Banco do Brasil na próxima quarta-feira (16).



No entanto, sobre a expectativa de acomodações do PR na máquina estadual, Wagner negou categoricamente que já haja conversas tão avançadas. “Não sei de onde saiu essa notícia. Não tive nenhum diálogo sobre isso com o PCdoB”, disse o governador. Conforme a Tribuna publicou na edição de ontem, especula-se a possibilidade de o partido ficar com o comando da Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo da Fifa 2014 (Secopa), hoje a cargo de Ney Campello, da cota do PCdoB.



A movimentação, segundo interlocutores, teria dois efeitos. Tirar a secretaria do PCdoB pelo fato de o partido não recuar da candidatura da deputada Alice Portugal à Prefeitura do Salvador e, ao mesmo tempo, fazer o primeiro gesto de ‘amizade’ ao possível novo aliado, o PR. Quanto ao novo titular da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Jaques Wagner afirmou que fará o anúncio na próxima semana. O governador conversou com a imprensa ontem na solenidade de início das obras do terminal de passageiros do Porto de Salvador.



Quem também estava por lá e demonstrou estar contente com o apoio do PR foi o candidato do PT à Prefeitura do Salvador, o deputado Nelson Pelegrino. “Vamos conversar com o PR para ver se eles mantêm a disposição de ter candidatura própria ou se querem fechar uma aliança. Se o PR vier para a base do governo do estado, muito me honraria tê-los na minha chapa”, flertou o parlamentar petista. Por outro lado, o pré-candidato republicano ao Thomé de Souza, o também deputado Maurício Trindade, não está muito a fim de desistir. Em entrevista publicada na Tribuna há dois dias, Trindade afirmou categoricamente que seu nome continua no páreo. Ele está aguardando uma conversa exatamente com César Borges, o dirigente do PR na Bahia.



Nos corredores da Assembleia um dos assuntos mais comentados é a ida de César para o governo federal e a muito provável migração do PR na Casa para o inchado bloco governista. Há quem diga que o ex-senador não terá dificuldade para conseguir convencer os deputados Elmar Nascimento e Sandro Régis a defender o governador na Casa.

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