quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sérgio da Gameleira: “PT e PP têm acordo de caminhar juntos em Jequié”





Sérgio da Gameleira, do PT, confirma avanço do diálogo com os partidos da base. Foto: Gicult
Sérgio da Gameleira, do PT, confirma avanço do diálogo com os partidos da base. Foto: Gicult
Já chegando perto das convenções partidárias que definirão oficialmente as coligações, os partidos em Jequié continuam se articulando e dialogado entre si. Há muita indefinição no processo, porém já há informações de que o PT e PP vão marchar juntos na eleição municipal de Jequié. Para falar sobre as articulações do partido e sobre a comentada aliança com o PP, que tem a médica Tânia Britto como pré-candidata a prefeito, o GICULT entrevistou o empresário Sérgio da Gameleira, o pré-candidato dos petistas à prefeitura de Jequié.
GICULT: Como está o PT em Jequié? Vai adiante com candidato próprio ou vai fazer outro tipo coligação majoritária?

SÉRGIO DA GAMELEIRA: Nós temos uma candidatura lançada a alguns meses atrás e continuamos buscando o maior arco de alianças possíveis . Mas, logicamente, na política quem busca apoio tem que está disponível para apoiar. Vamos ter um encontro no dia 26 de maio - já com as análises bastante amadurecidas -, e o partido vai tomar seu posicionamento definitivo, ou seja, definir sua tática e estratégia eleitoral para 2012. É um encontro estatutário.

GICULT: Fala-se muito que o PT já teria amarrado uma aliança com o PP e você poderia ser o vice de uma chapa formada com Tânia Brito na cabeça. O que há de concreto a este respeito?

SÉRGIO: Estamos dialogando com o PP da mesma forma que estamos dialogando com outros partidos da base, inclusive com um diálogo muito positivo com o PC do B, e com outros partidos que fazem parte da base do governo Wagner em Jequié. Não sabemos se vamos conseguir unificar todos os partidos numa candidatura única que dê conforto ao governador do estado para estar presente em Jequié. É o nosso trabalho. Vamos até o limite nessa construção. Quanto ao PP, este é um partido com o qual a conversa está um pouco mais adiantada. Porém, não existe o debate de quem será o candidato a prefeito ou a vice. Está posto o debate de caminharmos juntos e em determinado momento vamos ter que parar e avaliar qual é a candidatura que reúne as melhores condições para encabeçar e a outra, consequentemente, para vice. Sabemos que estão no cenário de Jequié os comentários de que o PT vai indicar o vice, mas não é o que prevalece. O que prevalece é o acordo de que vamos caminhar juntos. Isso existe. Já se tornou público, mas só vamos tratar desta questão, de quem vai ser o candidato a prefeito ou vice, no momento mais à frente. Dia 26 pode ser que o partido defina isto. Mas temos o prazo até as convenções para definir esta questão.

GICULT: O que PT pensa em fazer diferente em Jequié numa administração compartilhada ou da própria legenda?

SÉRGIO: Pensamos numa administração compartilhada. Vamos observar os exemplos de ações implementadas no governo Lula e nas do governo Dilma. Lula pavimentou as mudanças e Dilma brilhantemente está dando sequencia, tanto na área econômica como social. Até surpreendendo a muitos. Na Bahia estamos vivenciando a mesma coisa. Existem conflitos, existem dificuldades. Mas, com certeza absoluta, o legado que o governador Jaques Wagner vai deixar é um legado de tranqüilidade para que seu sucessor possa trabalhar ainda mais. Quanto a Jequié, temos que dá uma guinada. Os números de reprovação da administração municipal refletem realmente a insatisfação da população de Jequié. A população não aceita mais o que está aí. É tanto que Jequié convive com uma situação peculiar nos últimos anos: ter duas gestões seguidas onde os prefeitos não tiveram as condições políticas para pleitear a reeleição. É algo que vai ficar para na historia. Isso traz para a gente a segurança e a certeza de que a população de Jequié quer experimentar um modelo diferente. Independente da situação em que o Partido dos Trabalhos vier a se situar, se na vice ou na cabeça deste processo, nós vamos estar sim contribuindo e carimbando o governo com as marcas das bandeiras que o PT defende.

GICULT: Então, Sérgio, de acordo com essa sua avaliação pode se compreender que o PT não faria uma aliança com o PSB, um partido da base, que tem como pré-candidato o vice-prefeito de Jequié, Eduardo Lopes?

SÉRGIO: Eu não vou colocar aqui o posicionamento do PT. No momento oportuno, o presidente da legenda, Marcelo Aguiar, respaldado pela Executiva e pelo Diretório do partido, vai vir a público fazer as avaliações do quadro político e dá a resposta. Mas, pessoalmente acho que não tem a menor condição de a gente está caminhando com o PSB. A não ser que houvesse um racha do PSB com tudo isto aí que está posto. Do contrário, fica realmente muito complicado. O PT faz oposição a este governo municipal há 3 anos e meio. Então, a comunidade não iria enxergar de boa forma numa eleição a gente se transformar em situação. Esta avaliação é pessoal. Acho que dificulta a aliança, em que pese o PSB ser um aliado nosso em nível estadual e federal.

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