quinta-feira, 17 de maio de 2012

BAHIA TEM O PIOR ÍNDICE NACIONAL NA EDUCAÇÃO E O JORNAL A TARDE PUBLICA “OUTRO” COMENTÁRIO MEU NO SITE



“Enquanto o secretário de Educação da Bahia diz que cidade de Apuarema foi prejudicada por erro no envio de dados, o que se comprova mais uma vez é que a educação na Bahia é uma grande mentira.”https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFPA88vvbBJ3L2jhXH7YqDzrE4c89gl-RwVANVAtoeUwU0foWX2jqBm9sLz1aVWwh3I_-K1dWVV7g548eyqeItF_IAgksInezjbQnCQCeDi6IhIcdn_rGG0YZDWuLnL8LnZBvRYfqohLs/s400/JORNAL5.JPG
Estudantes do Colégio Estadual Teixeira de Freitas (*também fui aluno desse colégio) voltam ao cotidiano de aulas. O que será do futuro desse pessoal?
Por Elenilson Nascimento
O Ideb foi criado em 2005 para medir a qualidade do ensino público no país e é calculado a cada dois anos, levando em conta as notas da Prova Brasil e os índices de reprovação. O Inep estabeleceu metas de qualidade que devem ser atingidas pelo país, pelos estados, municípios e pelas escolas. O objetivo é que a média nacional chegue a 6 em 2021.
Dos 5.404 municípios avaliados por esse Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, os inacreditáveis 84,9% atingiram as metas estabelecidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no ano passado, levando em conta as séries iniciais do ensino fundamental das escolas da rede pública.
Recentemente, o pior resultado da avaliação realizada no ano passado foi registrado pelo município de Apuarema, com nota 0,5. A cidade fica no sul da Bahia, a 320 quilômetros de Salvador. Mas, de acordo com o secretário de Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto Filho (*o secretário alguma vez foi em alguma escola ou, pergunta imbecil, já deu alguma aula na vida dele?) o índice medido em Apuarema se deve a um erro de envio dos dados, que é feito pelo site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Tá bom secretário, conta outra!
AS METAS – No que se refere às metas nacionais do Ideb, a Bahia teve as seguintes notas para o ano de 2009: 3,3 para o ensino médio; 3,8 para as séries até o 4° ano e 3,1 para o período de 5ª a 8ª série. As metas para o ano de 2009 para o Estado eram respectivamente 3,1, 3,1 e 3,0. Para o secretário, as médias representam a melhoria da qualidade da educação no Estado da Bahia. Ou seja: de, em média, 3,1 o índice pulou para 3,3. Puxa vida, que mudança! Tô impressionado com o desempenho dos estudantes baianos.
E nesse projeto ribanceira, a Bahia ainda possui cinco outras cidades na lista dos dez municípios com piores médias. São eles: Pedro Alexandre (2,0), Nilo Peçanha (2,1), Manoel Vitorino (2,1), Dario Meira (2,2) e Pilão Arcado (2,2).
Como sempre, a Bahia não tem nenhum município na listas das dez melhores notas. Sobre esse resultado, Osvaldo Barreto Filho diz que este quadro precisa ser revertido com trabalho. Mas que trabalho? Dos professores sem condições? Ou da Secretaria da Educação, a filial do Inferno? Dos 11 municípios com piores notas, além dos seis baianos, dois estão no Piauí, dois na Paraíba e um no Pará. Dos 13 municípios com as notas mais altas, sete estão em São Paulo, cinco em Minas Gerais e um no Rio Grande do Sul.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6DKp4nvpJuGHQRFaVlAxDpwVYhmTl2xVl7-xuqwZlrhaTyG4cdNBV8LCaYPB9pq4cLALNHMlM6G_7Q8KMr2L-1Sso-LFIHUqJVZmQBuuf3uQg0FUSleJV9Z4p7vkwwEXX9zGU1REDWDc/s400/JORNAL6.JPG
No pátio interno do Colégio Estadual Teixeira de Freitas, jovens se dirigem às salas. Mas para aprender o quê mesmo?
O jornal A Tarde do último dia 05/07, publicou um comentário meu no seu site onde questiono, mais uma vez, essa situação lamentável da educação no Estado. A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a secretária de Educação de Apuarema, Zaira dos Santos, que "mostrou-se surpresa com o resultado, mas não quis comentar os motivos do baixo desempenho", de acordo com matéria divulgada pela Agência Brasil. Segue abaixo o meu comentário (na íntegra) no site do A Tarde:
“Antes que os defensores do PAC do Lula venham aqui dizer que eu sou classe alta, burguês ignorante e coisa e tal, é bom lembrar aqui que esse espaço é o único que eu tenho para manifestar as minhas indignações, mesmo que isso venha acabar com muitas das minhas "supostas" amizades, minha reputação e com as minhas expectativas de futuro, mas ainda tenho o direito de me manifestar.
Já alguns especialistas apontam ainda que a tecnologia na educação (*com essa onda de ensino a distância com o Pedro Bial sendo professor) só pode criar competitividade se a população está pronta para tirar proveito dela. E o Brasil não tem uma educação de primeira classe, aliás, não educação nenhuma nessa delicada situação de humor a dor nesses dias que correm. E como correm.
Quando entro em uma sala de aula e vejo alunos fazendo lições de qualquer jeito (isso quando o fazem) ou assistindo à aula balançando constantemente a carteira, brincando com o material desnecessário que carrega consigo, xingando, ouvindo músicas nos irritantes celulares, falando besteiras, sentados de qualquer maneira e conversando freneticamente para chamar atenção, constato que a disciplina para o trabalho intelectual não faz parte da exigência dos professores.
Faltou também dizer que a falha está, primordialmente, no professor, que deveria ser o responsável pela condução das atividades na sala de aula e pela visão crítica desses alunos. Porém, professores não têm tempo de olhar o outro como semelhante e sim como cliente. E se eu for ficar aqui prosseguindo nessa análise do contingenciamento escolar terei que admitir que existe uma falha do sistema ao permitir que um professor despreparado ou sem condições esteja na sala de aula para um mister para o qual está desqualificado, pois as faculdades não cumprem mais o seu papel.”

ÍNDICE NO BRASIL - Em 2009, 50,2% das cidades ficaram acima da média nacional, que foi de 4,6 pontos, em uma escala de 0 a 10. Na avaliação anterior, em 2007, 47% dos municípios conseguiram superar a média, que era de 4,2 pontos. A nota mais alta foi no município paulista de Cajuru, no nordeste do Estado da Bahia, a 360 quilômetros da capital. Lá, a média das notas das escolas da rede pública ficou em 8,6.

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